Cidades

Hospital de Niterói tem curso de libras para colaboradores

Brasília - A tradutora de Libras, Tatiane Elisabeth  participa do quinto dia de debates, oficinas, literatura, no 9º Festival Latinidades (José Cruz/Agência Brasil)
Brasília - A tradutora de Libras, Tatiane Elisabeth participa do quinto dia de debates, oficinas, literatura, no 9º Festival Latinidades (José Cruz/Agência Brasil) |  Foto: José Cruz/Agência Brasil
Iniciativa faz parte da reestruturação do Hospital de valorização do ser humano e inclusão social. Foto: José Cruz/Agência Brasil

Os obstáculos para as pessoas surdas vão desde ouvir o painel da recepção até a descrição dos sintomas e comunicação com o médico. Pensando nisso, o Hospital de Clínicas do Ingá, em Niterói, acaba de implementar o curso de libras para seus colaboradores como parte do Projeto de Aceleração do Projeto PlaneTree, que coloca o atendimento humanizado em primeiro lugar e a inclusão e responsabilidade social perante seus pacientes.

"Esse cuidado do HCI com os surdos é de suma importância, pois a libras é o principal recurso de comunicação com eles, do contrário, o atendimento se torna difícil e muitas vezes os surdos, não conseguem os diagnósticos e as orientações necessárias", comenta a assistente social Suellen Guimarães, pós-Graduada e bilíngue em libras que vai ministrar o curso para os colaboradores.

As equipes serão preparadas durante seis meses com o principal objetivo de aproximar pessoas surdas e ouvintes e conectá-las à sociedade como um todo. Dessa forma, os colaboradores irão aprender o vocabulário e a contextualização em libras obtendo assim total capacidade de interpretar, compreender e reproduzir a língua de sinais.

“Acreditando na inclusão e na adversidade, principalmente dentro das unidades de saúde eu percebo a necessidade de qualificar os colaboradores na Língua Brasileira de Sinais (Libras) para obter uma comunicação eficaz com seus pacientes, familiares e funcionários”, explica Suellen, complementando que as libras representam uma modalidade linguística que visa à interação intercultural entre surdos e ouvintes.

Para o Gestor do HCI Fábio Motta o projeto é mágico.

“Saber que milhares de pessoas estão nesse momento com dificuldade ao se expressar no âmbito hospitalar e que seremos canais nesse auxilio, facilitando e proporcionando um carinho diferenciado no tratamento, tão importante na vida do ser humano, faz com que a cada dia nós tenhamos muito orgulho em realizar esse projeto de humanização e inclusão”, define Fábio.

Metodologia

O curso de libras dentro do Hospital de Clínicas do Ingá será abordado através de uma pedagogia visual, cujo foco está no aprendizado da comunicação humanizada para o paciente e/ou profissional surdo.

Suellen explica que a cada encontro será realizada uma avaliação como forma de proporcionar um feedback aos alunos para que possam expor seus sentimentos e resoluções práticas sobre as atividades propostas.

Entre o extenso conteúdo programático destaque para: apresentação, lei de libras, pronomes pessoais e saudação; alfabeto manual, números e classificador; cores, alimentação e sentimentos; meios de comunicação e redes sociais; profissão, ambientes de trabalho e sinais hospitalares; verbos variados, intensificador e classificador de mãos entre outros temas pertinentes.

“Ao incluirmos esse quesito dentro do currículo do colaborador, desenvolvemos competências e habilidades dentro de um projeto que evidencia saberes interligados à realidade da comunicação entre surdos e ouvintes na sociedade. Essa organização curricular prima ainda pelo respeito mútuo, quesito indispensável quando se pensa na inclusão social”, finaliza Suellen.

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